Discurso Oficial sobre a Semana de Páscoa

-Palácio de Westminster, dia 27 de Abril deste ano de Nosso Senhor-

 Feliz Páscoa a todos os nobres e plebeus! Sim, ainda estamos na Páscoa, na semana de Páscoa, apesar do costume a que sempre associamos a Páscoa ao dia de Domingo, que é devidamente o dia de Ressurreição de Nosso Senhor.

Nesta Quarta-Feira de Páscoa, não estou aqui, como Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra, apenas, para desejar-lhes uma Boa semana. Mas estou aqui para que todos, assim como eu, venhamos a dar continuidade a fé e aos costumes morais e éticos cristãos.

Antes, todos os nobres estavam de luto, evitando festas e se alimentando da carne branca e dos ensinamentos sagrados. A felicidade em nossos corações deve ser guardada para a sagrada semana de Páscoa, até que chegamos a Semana Santa. A Semana Santa sim, é algo especial. Porque todos nós, cristãos, nos lembramos dos últimos dias de Cristo em sua morte e o que ele fez por nós. Chega a Sexta-feira Santa, e o luto é maior do que todos os dias da Quaresma. Até que chegamos ao Sábado de Aleluia, último dia da Quaresma, em que louvamos a Cristo e, por fim, o Domingo, o dia em que, nas igrejas, podemos falar: “Aleluia!” com o ânimo de um cristão, cantar músicas, se alimentar bem e abandonar o luto.

Pois bem. Como Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra, e como Defensor da Fé, não convoco apenas aos cristãos de meu país, mas também aos cristão de toda esta nobreza para refletirem: A Páscoa não acabou. Não estamos em tempos de pensar em coisas fúteis e agir como se a Páscoa já tivesse acabado. Do contrário, como bons cristãos, não perfeitos, pois nós não somos perfeitos, mas tentando ser, devemos festejar a Ressurreição de Nosso Senhor e nos animar com ela, aprender com ela, e viver com ela, de modo que nós modifiquemos o nosso próprio ser interior, o nosso próprio eu.

Enfim, termino esta carta desejando a todos os nobres uma Feliz Páscoa, muitas felicidades e um novo começo, como as pessoas que realmente somos, não perfeitas, mas tentando e procurando ser, para nos aproximarmos cada vez mais de Deus em toda a sua essência.

Atenciosamente,
Sua Majestade, Henrique VIII, Rei da Inglaterra, Irlanda e França, Defensor da Fé e Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra e da Irlanda no mundo inteiro